quarta-feira, 25 de junho de 2008

O Caçador de Bananas

BANANA MADURA, BANANA DA TERRA...

"O Caçador das Bananas"

Bastante comum ouvir comparações acerca de crianças nascidas e criadas nos grandes centros, em confrontações com as ditas cujas, de origem interiorana, ou caipira mesmo. Dizem por ai que as inocentes criaturas das metrópoles são iguais a frango de granja, essas besteiras. Tudo porque não conhecem tão bem como os “caipiras”, o que é uma vaca de verdade sendo ordenhada, um touro no campo, uma galinha e seus familiares apascentando pelo terreiro da casa. E daí quando viajam pelo interior descobrem que esses bichinhos realmente existem e não se trata de ficção.
Bom, até ai tudo bem nessa história conhecida por todos ou quase todos. O interessante é que recentemente uma “criançona” dessa já na terceira ou bela idade, pagou um mico muito bem testemunhado pela galera presente aos fatos.
Passeando pelo interior, na casa da sogra, aquela “malvada de sempre”, ouviu a vizinhança alertar que nas bananeiras existentes na beira do rio, existia um cacho que estaria passando da hora de ser colhido. Seu olhar brilhou naquele quintal que parecia uma granja: pé de laranja, pé de mexerica e limão, uma linda mangueira, um pé de jambo (jambo tá, nada de pé de Eugênia) e, lá nos fundos aquelas bananeiras. Faltavam uns galináceos para orquestrar em conjunto os co-co-ri-cós da vizinhança.
O ilustre visitante estufou o peito e num ar de entendido partiu para a colheita das bananas, praticamente maduras no cacho. Vamos à luta! Bradou como um caçador (de bananas). Pedaço de bambu nu’a mão, algumas pedras na outra, iniciou o projeto de colher bananas, utilizando os artifícios da “molecada” para apanhar mangas ou laranjas, às escondidas (pedrada e bambuzada).
Diante das gargalhadas da platéia que se formou próximo ao “caçador” nosso personagem central inquire sem parcimônia, a todos, de como deveria ser a colheita. Explicaram-lhe que a bananeira deve ser decepada, pois, depois brota de novo, ai o cacho deve ser cortado com facão, com devidos cuidados para não levar junto da roupa a nódoa que sai do fruto, durante a colheita. Com suas roupas respingadas por nódoa do fruto, o “Caçador das Bananas”, sem perder a pose, brada outra vez: tá bom! Perdi uma batalha, mas, não a guerra! Vamos à luta companheiros!

Obs.: o texto é uma ficção, alguma semelhança, será mera coincidência.

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