Oba! Hoje é sexta-feira! Seextaa-feeiiraaaa! Assim amanhece uma parcela enorme de trabalhadores, ou praticamente todos, alegres com sorrisos estampados no rosto. Afinal, esse dia foi consagrado o dia D, dia nacional disso, dia internacional daquilo. Enfim esse dia é o "cara" como dizem por ai, estranho e complicado prá dizer, mas a sexta-feira é o cara.
Café da manhã no bucho, o melhor já bebido e comido na face da terra. No serviço, tudo beleza, negócios prosperando, todos trabalhando sem fazer corpo mole e rapidinho chega a hora do almoço, almoço de sexta-feira, o melhor do mundo.Um sabor especial, paladar afinado com olfato, uma mesa de fazer inveja até mesmo em príncipe, nem almoço de domingo na casa da sogra, ou em casamento é melhor. Não há como comparar o almoço da sexta-feira.
Maravilha a sexta-feira, o serviço indo de vento em popa no segundo turno, também depois de um almoço, verdadeiro banquete, tudo acontece rapidamente e já se aproxima a hora de fechar o ponto da semana. Depois é só passar no mercado de hortifruti, supermercado, encher as sacolas, porque sexta-feira também é dia de encher a despensa. Ah que alívio! Já são quase sete horas da noite, hora de fazer uma parada obrigatória, antes de chegar em casa, no Bar do Zoca, saudar aos que por lá já se encontram... Zoca me sirva por favor, uma loura gelada, acompanhada de uma cachaça pura, torresmo de linguiça. Claro, antes de entrar no Bar do Zoca, uma pequena parada defronte ao Santuário benzer a testa que vale para todo o corpo, para toda a família, uma saudação ao padroeiro. Bebida a cachaça, estalar a língua, jogar o "restinho" pro santo, esse ritual faz bem e ajuda, conforme ensina o dito popular. Loura gelada goela abaixo, linguiça e torresmo, está na hora de chegar em casa, no lar, doce lar, para consagrar a sexta-feira. Se não apressar, vai mais uma, mais outra, acaba a sexta-feira e pronto, já é sábado.O correto é não deixar que isso aconteça, bonito é chegar ainda bem alegre, beijar a amada mulher e deixar rolar o resto do dia que é o cara.
Oi amor, você chegou, deixa que eu arranjo as compras na despensa, venha, olha aqui na mesa, prá você meu neguinho. Uma loura gelada, vaca atolada, cachaça, sal e limão. Ai, ui, minha neguinha, que delícia, a mesa, você, venha vamos degustar essas maravilhas que você preparou. Agora não sobra pro santo, nem deve, porque santo gosta de cachaça pura. Com sal e limão é Ku de burro...slep.slep.uma loura por cima e vaca atolada, que jantar divino. De fazer inveja em qualquer almoço de sexta-feira. Minha neguinha, já passa das dez da noite, vou tomar um banho reconfortante e já estou de volta bem cheirosinho, só prá você meu amor.
De roupão, respiração ofegante, é recebido com festa, vem meu neguinho, agora não tem loura gelada, agora é a vez da morena quente, quentíssima e a vaca atolada sou eu. Tudo isso porque hoje é sexta-feira.
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