sábado, 6 de setembro de 2008

A História do Zé do Efeito


Logo que inventaram o futebol, bem longe daqui, os brasileiros já imitavam a “bossa nova da época”. Com isso, nosso futebol, após várias fases, tornou mundialmente o melhor.
Diante desses fatos não é de se surpreender quando surgem histórias sobre jogadores que fez ou já fizeram miséria com a redonda sob o comando dos pés.
Aqui por nossas bandas, dizem a quatro cantos que numa época considerada o apogeu do futebol, existiu o tal “Zé do Efeito”, que foi o maior artilheiro de todos os tempos. Têm-se notícias de que seus números eram registrados em incontáveis folhas de cadernos que se perderam no tempo, em face de uma grande enchente que assolou a cidade.
A fama de Zé do Efeito se propagou por toda a região e os jogos traziam fanáticos torcedores dos arredores, que não mediam esforços em suas charretes, cavalos e bicicletas para assistir bem de perto o gênio do futebol. Gols a média distância, de falta, de pênalti, de escanteio, realmente eram incontáveis.
A curiosidade sobre o efeito que o Zé colocava na redonda já tirava o sono de muita gente entendida do assunto, até que um dia surgiu na cidade um mascate. Esse mascate, que hoje se aproxima de um representante comercial, após fazer a praça, vendendo seus artigos aos comerciantes, resolveu se hospedar na cidade alguns dias, com a finalidade de conhecer o grande jogador e tentar descobrir o segredo do mestre Zé do Efeito.
O domingo desse novo personagem fora maravilhoso, pois, serviram-lhe no almoço o que de melhor poderia existir na culinária mineira. Uma boa pinga como aperitivo, frango com macarronada, arroz e tutu. Após o banquete, aquela sesta, afinal ninguém é de ferro. Descansado, o mascate se misturou na multidão que se dirigia para o campo de futebol, fincado bem ali na entrada da cidade. Escolheu um bom lugar para prestigiar o homenageado do domingo, Zé do Efeito era realmente impossível. Ao apagar das luzes daquela partida, mais um gol para ficar na história. Um escanteio bem ali, naquele canto, onde se encontrava de cócoras, o mascate, que percebeu e descobriu para o mundo inteiro o grande segredo de Zé do Efeito
: ele calçava as chuteiras com pés trocados, daí a sua arte de colocar a bola numa trajetória variante, carregada de curvas, a descrever a estrada de Santos, antes de amortecer nas redes.

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