domingo, 23 de dezembro de 2007

RAUL SOARES TAMBÉM SOFRE DESSA MOLÉSTIA: CAOS!

A estação do ano que se foi, a primavera, diante da escassez das chuvas, não deixou para nossos olhos, folhas verdes e alegres, nem flores exibindo cores e brilho.
Por outro lado, aves de várias espécies invadiram nosso habitat, demonstrando elas, as aves, que também podem perturbar nosso sono, afinal, nós, homens mortais, estamos degradando a natureza. Destruímos florestas, turbando o habitat daqueles que sempre enriqueceram nossa fauna. De tantas espécies, nota-se a presença maciça de maritacas que no amanhecer despertam a todos com seus particulares alvoroços, retornando a cantiga logo ao entardecer. De quebra, despejam seus “rejeitos” na cabeça dos transeuntes, nos veículos e de tudo que se atreva a estar sob suas miras. Vale a pena parar um minuto e refletir sob as atrocidades que o ser humano comete a mãe natureza.
Nossos rios, Matipó e Santana, sofrem nas próprias “veias” a agressão a que são portadores no dia a dia. Embalagens de lixos, garrafas vazias, continuam navegando rio abaixo, mas isso pode ser um grande assunto para outra oportunidade.
Do caos aéreo “das maritacas”, em nossa urbe, bem ameno em relação aos intermináveis desconfortos verificados nos aeroportos do país, pulamos para o caos terrestre por aqui, pequeno, mas interminável problema do transporte coletivo intermunicipal. Das empresas de ônibus que aqui servem nossos munícipes, temos a maior, talvez até mesmo do estado, a Pássaro Verde, que em época de maiores demandas, desdenham seus usuários, nossos queridos e hospitaleiros Raul-Soarenses. Por último, nesta sexta-feira, vinte e um de dezembro, os ônibus que partiam da capital mineira, para o aconchego no lar, doce lar, foram surpreendidos com atrasos escandalosos. Pior ainda, os usuários ficaram sem as devidas informações por parte dos funcionários. Os ônibus deram partida com até três horas de atraso, como se tudo estivesse às mil maravilhas. Daí uma pergunta: será que essa empresa merece os prêmios de qualidades (ISO) conquistados? Sabemos dos problemas de trânsito nas grandes metrópoles nessas épocas do ano, mas, não dar a mínima atenção aos usuários, isso é censurável. Mas o nosso povo é “gente boa”, então bola pra frente.
Completando a cantiga, sofremos o caos do caos, quando escutamos o clamor da população, acerca das filas nos estabelecimentos bancários, Correios e INSS. Por favor, Luis Inácio LULA da Silva, Excelência, vê se dá uma dose de ‘SIMANCOL’ para esses ministros ai, de maneira que eles tomem as devidas providências, dando provimento para que os aprovados nos concursos públicos sejam empossados. Esse negócio de ficar utilizando mão-de-obra barata, sob a custódia de exploração de contratos temporários, por parte de órgão públicos e estatais é mais feio que bicho-papão, tipo esconder a sujeira debaixo do tapete. Nesse tópico, uma porradinha que lado outro, acaba por me atingir, afinal foi praticamente três décadas ali, no Banco do Brasil, que construí minha vida. Neste final de semana, o BB achincalhou com os usuários do auto-atendimento. Sexta-feira, antes do expediente aberto ao público, a máquina de fornecimento de folhas de cheques, estava aplicando xeque-mate nos clientes e, que infelizmente perdurou sábado afora.
Os transtornos acontecidos e que acontecem em nossa comunidade, como pode se notar, não são privilégios nossos, são incômodos que assolam o país, seja por incompetência, seja por falta de gestão administrativa, vontade pública, desrespeito àqueles que mantêm a máquina governamental, pagando seus impostos. Diga-se de passagem, mais que insuportáveis impostos, uma coação legalizada.
Devido a essa falta de respeito dos homens públicos brasileiros para com seus munícipes, resta-nos um consolo, que é se acalmar nas palavras proferidas há um bom tempo por José Maria da Silva Paranhos Júnior, nosso BARÃO DO RIO BRANCO: “Há duas coisas bem organizadas no Brasil: a desordem e o carnaval”. Portanto, despeço de vocês, por hoje, desejando um feliz natal e um próspero carnaval.

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