terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Dando Bolo e Pegando Carona!

Bom tempo faz que o colaborador que assina esta coluna, vem dando bolo na galera. Mas como bolo é sinal de festa, melhor é olhar pelo lado festivo.
Nada melhor do que pegar uma carona no movimento que o Encontro Raul-Soarense dos Bons Tempos – ERABON – proporcionou a todos. Mesmo aqueles que não participaram do evento, sentiram no ar um sorriso adolescente, o aroma da amizade, um sorriso fraterno. Via-se em toda esquina um amigo, um conhecido, porque não dizer um personagem que fez e continua fazendo a história de nossa inigualável Raul Soares.
Nas rodas de bate papo ouvia-se casos de todos os tempos, casos tristes, casos alegres e engraçados. Rolou de tudo que um bom papo proporciona.
Mas agora aqui nessa coluna o que desejo narrar é que por força dessa festividade, tivemos a presença nessa terra abençoada pelo Padre José Domingues, filhos de um saudoso amigo de todos conterrâneos, o Murilo Maciel, para os íntimos (e quem não era) Murilão.
Esbanjando saúde aquele grande empresário que à época era conhecido como comerciante, não abria mão de suas “peladinhas” nos campinhos existentes na cidade. Por força de sua incomparável vontade desportiva construiu com seus recursos uma quadra de cimento, nos fundos do campo do Operário, afinal mais um lugar para a prática dessa paixão nacional, não era nada demais. Aliás, serviu também esse reduto, de palco para belas disputas dos salonistas locais.
No seu regulamento esportivo constava que dia de “bater uma pelada” era todos os dias da semana. Seu calendário era cumprido com peladas na segunda e quarta-feira no campinho existente onde hoje se encontra a Escola Municipal Cel.João Domingos. Terça, quinta-feira e sábado na quadra construída nos fundos do campo do glorioso Operário. Sexta-feira no Córrego de Ubá. O calendário futebolístico se encerrava com a grande pelada no domingo, depois da missa das oito horas da manhã, no campinho ao lado do barracão da Rede Ferroviária.
Nos confrontos de domingo o povo se acotovelava próximo da linha férrea e o público era comparado ao que ocorria no grande clássico da época do contagiante duelo travado entre Galo do Genipapo e Águia dos Eucaliptos (Operário X Associação). Sempre havia um grande desafio entre a seleção do Murilão contra o escrete comandado por Saracura. Interessante que nosso Murilão não aceitava que seu filho Beto jogasse do seu lado... (prendia muito a bola e era chorão).
O melhor é que a cada disputa, a bola do jogo era sorteada entre os peladeiros da equipe vencedora, logicamente patrocinada por ele, o Murilão.
E quem não gostava daquele tempo e não se faz lembrar, claro que lembram e gostavam. ERA BOM MESMO! Até eu ganhei certa vez, após insistentes choros, uma bola amarela com estrelinhas vermelhas (bola da marca estrela) adquirida na venda do Rui, hoje Mercearia Assis. Acreditem se quiser, naquele dia joguei no gol e fechei mesmo o arco. Saudades eterna é o que sentimos. Valeu Murilão!

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