terça-feira, 15 de janeiro de 2008

BLOCO DA PELADA E O CARNAVAL 2008


Neste ano, o “Bloco da Pelada” estará completando sua 14ª edição no carnaval raul-soarense. Os organizadores estão prometendo muito agito para os carnavalescos.
O bloco sairá na segunda-feira, 04 de fevereiro, às 22 horas. O local de concentração dos carnavalescos será na Rua José Sinfrônio Castro, ao lado do “Buteco do Beto” (Bairro Tarza), a partir das 21 horas. As camisas (quantidade limitada), já estão sendo vendidas ao preço de R$ 15,00 (Quinze Reais). Maiores informações poderão ser obtidas pelo fone 33-9902-1464.
Ao carnavalesco que adquirir a camisa, será permitido participar do evento, do lado de dentro do cordão de isolamento mantido por seguranças, próximo ao trio elétrico. Dentro do cordão de isolamento seguirá (no fim da linha) um veículo equipado com freezer abastecido de bebidas. As bebidas deverão ser adquiridas com antecedência, pois o atendimento estará limitado ao exato número de fichas vendidas.
Aos apreciadores da “loura gelada” está reservada uma promoção especial, sendo que o adquirente de 05 (cinco) fichas ganha uma de brinde. Os preços serão populares, os mesmos praticados pelo comércio fora de eventos, ou seja: Cerveja lata R$2,00 (SKOL / HEINEKEN) / Refrigerante lata R$ 1,50 e Água Mineral garrafa R$ 1,00. De quebra zero oitocentos (0800) para bebida em dose, enquanto durar o estoque de uisque, run e vodka para quem estiver vestido com a camisa do bloco e dentro do cordão de isolamento.
Recado passado para todos, portanto, todos se preparem com bastante energia para o grande encontro marcado para Raul Soares, no dia quatro de fevereiro, segunda de carnaval. Olha o Bloco da Peeelllaaaaaada ai minha gente!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A PATA DE CHUMBO!


Quando se diz “Pata de Chumbo” vem à lembrança a copa setenta e a seleção tricampeã. Rivelino com seu inconfundível bigode e o potente chute que acabou por lhe dar a alcunha: “La Patada Atômica”.
Mas isso não vem ao caso. De coração Raul-Soarense, tivemos em nosso convívio um senhor conhecidíssimo que atendia por Sr.Catão. Senhor Catão aos encontros de amigos sempre tinha histórias e causos verídicos prá contar, que era do agrado de todos. Ele se foi, mas deixou escola em nossa comunidade, por isso, sempre deparamos com algum seguidor de sua cultura.
Foi num desses encontros culturais que Juninho de Souza Lima contou uma prá turma presente e jurou com os dedos indicadores em cruz, pela alma do seu avô João Novato, que o fato era verídico.
Com pose de contador de histórias e causos, Juninho disse que lá pela época de seus quinze prá dezesseis anos se encontrava com seu avô (João Novato) na fazenda “Mutuca”. Era um sábado bem à tardinha, onde, junto com os colonos, Sô João formara uma roda de prosa, enquanto efetuava o pagamento da semana. Dessa prosa participava também o neto querido, Juninho que acabara de tratar de uma galinha e seus dezoitos pintinhos, bem próximos daqueles trabalhadores. Repentinamente um pintinho caiu no meio da roda, desacordado e, diante do espanto de todos falecera, não reagindo aos primeiros socorros. Lá se fora por água abaixo um futuro dono do terreiro ou talvez uma dona do ninho. Passado mais alguns minutos, outro da família dos galináceos se desabrochou da mesma maneira que seu “irmãozinho”. Em virtude da repetição do fato, todos se voltaram para aquela prole de bípedes emplumados. Foi ai que Sô João Novato alertou a todos que aquela galinha era diferente e ciscava prá frente. Numa dessas ciscadas, aquela mãe desnaturada arremessou pelos ares mais um pintinho.
Diante do espanto de todos, Juninho se levantou e bradou bem alto pro avô: essa galinha tem é pé de chumbo isso sim. Algazarra à parte, Sô João com toda paciência retrucou: não meu neto, ela tem é a “Pata de Chumbo”, entendeu?
Se o Juninho entendeu não sei, mas que ele jurou novamente com os dois dedos indicadores em cruz que o fato fora verídico, isso ele jurou e encerrando sapateou na frente de todos tentando demonstrar como aquela galinha era ligeira ao ciscar prá frente. É mole?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A DONA DE CASA E A VACA DE PRESÉPIO!

Fim de ano não é nada mole para uma dona de casa. Afinal é ela a responsável pela recepção dos filhos, noras, genros, sobrinhos, netos e amigos, durante os festejos natalinos e de reveillon. Claro, não podemos esquecer que antes de ser uma dona de casa, é mãe, esposa, sogra, tia, avó, conselheira e proprietária de outras inúmeras funções. Essa realmente merece o ditado popular da ocasião: “adeus ano velho, feliz ano novo”.
Mas o duro mesmo é a peregrinação dessa dona de casa, em especial a de Raul Soares, para encontrar bons cortes de carne bovina, para os tradicionais churrascos. Já faz um bom tempo que ela é uma entre milhares de testemunhas, de que nossa carne bovina não é mais a mesma. Não existe mais aquele sabor, aquela carne suculenta. Pode ser filé, contrafilé, alcatra, maminha, chã de dentro ou picanha. Difícil encontrar um corte que traga maior prazer aos apreciadores da especialidade.
Bom, precisando satisfazer a ânsia e os desejos de suas visitas, a tal dona de casa como uma brasileira de fibra, não desiste nunca, “arregaça as mangas” e vai à luta. Visita praticamente todas as casas do ramo e com o seu dom inigualável, descobre que realmente não existe mais em nosso comércio uma carne que proporcione um paladar digno de fim de ano. O jeito é peregrinar açougue afora, até que de repente depara com uma carne vistosa no balcão frigorífico. Vai logo perguntando e ao mesmo tempo afirmando: essa carne ai é de boi não é?! Leva um baita de um susto quando o magarefe responde sem pestanejar: não é de boi, é da mãe. Aquele estabelecimento se transformou numa arena para troca de insultos inclusive dos presentes que também queriam a presença da polícia. Aos berros, esperneando como um novilho a relutar contra sua ida para o matadouro, o açougueiro pedia calma. Foi logo se desculpando e dando a explicação, que levou o convencimento a todos: a dona ai me perguntou se a carne era de boi, eu respondi que era da mãe, claro minha gente, da mãe do boi, ora bolas, a carne é de vaca.
Coitada da dona de casa, com cara de vaca de presépio, adquiriu a carne que encontrou e chegando ao lar, doce lar, mãos à obra, pois sua platéia já estava ali, entre umas e outras caipirinhas, sentindo sua ausência.
O pior de tudo que isso é tudo verdade. Hoje, por aqui, não temos muita escolha, geralmente, a carne não é de boi, é da mãe mesmo, (ops!), melhor dizendo, carne de vaca, descartada do plantel bovino. Quem não tem boi come vaca, afinal não estamos na India.